Tem dias que a gente se sente Um pouco talvez menos gente Um dia daqueles sem graça De chuva cair na vidraça Um dia qualquer sem pensar Sentindo o futuro no ar O ar carregado, sutil Um dia de maio ou abril Sem qualquer amigo do lado Sozinho em silêncio calado Com uma pergunta na alma Por que nesta tarde tão calma? O tempo parece parado?
Está em qualquer profecia Dos sábios que viram o futuro Dos loucos que escrevem no muro Das teias, do sonho remoto Estouro, explosão, maremoto A chama da guerra acesa A fome sentada na mesa O copo com álcool no bar O anjo surgindo no mar Os selos de fogo, o eclipse Os símbolos do Apocalipse Os séculos de Nostradamus A fuga geral dos ciganos Está em qualquer profecia Que o mundo se acaba um dia
Um gosto azedo na boca A moça que sonha, a louca O homem que quer mas esquece O mundo do dá ou do desce Está em qualquer profecia Que o mundo se acaba um dia
Sem fogo, sem sangue, sem ais O mundo dos nossos ancestrais Acaba sem guerra, os mortais Sem glórias de mártir ferido Sem o estrondo mas com gemido Está em qualquer profecia Que o mundo se acaba um dia Um dia
Compositores: Paulo Coelho de Souza (Paulo Coelho) (UBC), Raul Santos Seixas (Raul Seixas) (UBC)Editores: Kika Seixas Producoes Artisticas Ltda. (UBC), Warner (UBC)Publicado em 1998 (02/Abr) e lançado em 1991 (10/Out)ECAD verificado obra #163896 e fonograma #1473281 em 07/Abr/2024 com dados da UBEM