Oh que saudade Do luar da minha terra Lá na serra branquejando Folhas secas pelo chão Este luar cá da cidade Tão escuro Não tem aquela saudade Do luar lá do sertão
Se a lua nasce Por detrás da verde mata Mais parece um sol de prata Prateando a solidão E a gente pega Na viola que ponteia E a canção é a lua cheia A nos nascer do coração
Coisa mais bela Neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste No sertão se faz luar Parece até que a alma da lua É que descanta Escondida na garganta Desse galo a soluçar
Ah quem me dera Que eu morrese lá na serra Abraçado a minha terra E dormindo de uma vez Ser enterrado Numa grota pequenina Onde a tarde a sururina Chora a sua viuvez
Compositor: Catulo da Paixao Cearence (Catulo da Paixao) (UBC)Editor: Fermata (UBC)Publicado em 1997 (10/Abr) e lançado em 1997 (01/Mar)ECAD verificado obra #2013726 e fonograma #569844 em 12/Abr/2024 com dados da UBEM